quinta-feira, 17 de novembro de 2011

DIÁRIO DE UM PÁSSARO

 

DIÁRIO DE UM PÁSSARO

 

Que homem é esse,
que tem por mim, um cuidado, um amor que eu diria incondicional…
Que homem é esse,
que apesar de mãos grandes e pesadas, segura-me com tão doce segurança.
Que homem é esse,
que às vezes passa horas ao meu lado, quando estou doente, e zela por minha recuperação.
Já me disseram que sou prisioneiro dentro de uma bela gaiola.
Que deveria estar livre, voando…
Então por alguns minutos pensei…
Qual é o meu destino?
Devo seguir a minha espécie e voar?
Será que estou indo contra a natureza?
Então por alguns minutos meditei…
Quantas vezes esse homem cansado, após um dia difícil de trabalho, cedeu a mim suas horas de descanso.
E algumas vezes, ao cuidar de meus amigos esqueceu minha gaiola aberta… e eu tive a oportunidade de experimentar essa tal liberdade… mas,
ao voar, olhei para aquele homem e, o vi, ali… de pé, me olhando com os olhos tristes e lacrimejando.
Que homem é esse que chora por mim,
Que homem é esse que é capaz de amar, mesmo eu não sendo de sua espécie.
Que homem é esse que esquece de se alimentar, mas nunca se esquece de alimentar-me
mas nunca se esquece dos meus remédios.
Que liberdade é essa?
Mas me sinto prisioneiro deste homem.
Mas me sinto contrariando meu destino. Recebo e sinto que ele me ama e jamais irá maltratar-me,
Sei que gosta de mim.
Sim eu realmente tive a oportunidade de voar,
Mas… esse homem me faz sentir livre…
E por tal motivo eu voltei…
E canto …. canto… Porque sou feliz
Porque sei que sou amado e não prisioneiro.

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